terça-feira, 13 de julho de 2010

Revisitar o passado


Baptista Bastos, na sua crónica de sexta-feira no Jornal de Negócios, recorda um escritor de quem gosto muito e que, infelizmente, é frequentemente esquecido: Fernando Namora.

Deu-me vontade de aproveitar as férias para mergulhar nos seus livros. Li quase toda a sua obra durante a juventude e imagens de alguns livros mantiveram-se vivas na minha memória até hoje, graças à sua enorme força narrativa.

Gosto especialmente de Casa da Malta, A Noite e a Madrugada, O Trigo e o Joio, Domingo à Tarde e, já inscrito numa outra fase da sua escrita, Rio Triste.

Como diz o BB na sua crónica – que vale a pena ler com atenção todas as semanas, não só pelas opiniões convictamente assumidas, mas sobretudo pelas lições de história e cultura com a mais-valia da sua finíssima prosa – Namora “pertenceu a uma época em que a cultura dispunha de poder, e a um grupo de intelectuais que tinha como objectivo realizar uma teoria de conjunto da injustiça social”.

Que diria hoje, se estivesse aqui?

3 comentários:

  1. O valor da cultura está nas ruas da amargura, para além do seu valor facial - ou seja, para ganhar mais, ter melhor posição social, mais visibilidade. E mesmo nesta vertente a preguiça, o desinteresse e a alienação prevalecem.
    Cultura? Filosofia? Pensar? A política e a economia arrastaram consigo os princípios que nos distinguem da bestialidade. E, no entanto, a mais valia deveria emanar destas duas disciplinas.
    Ao deixarem, e até alimentarem o clima de desinteresse geral, de pão e circo (e aí a coisa também está mal!...), de vanidade, estão a a dar tiros nos pés.
    Mas entretanto a cultura já sofreu.

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  2. Grande falha minha, nunca li nada do Sr. Fernando Namora.

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  3. Também podem ler o Baptista Bastos no Diário de Noticias, às quartas-feiras.Nunca perco.

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