quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Honestidade intelectual, precisa-se!

Willem Cornelisz Duyster (1599 – 1635)


Já nos habituámos a toda a espécie de deriva ideológica ao sabor dos interesses do momento. Não devia ser assim, mas é e até já nem nos indignamos.

Mas a uma ministra socialista e ex-sindicalista exijo-lhe, ao menos, honestidade intelectual.

Vir justificar as alterações propostas às indemnizações por despedimento com o exemplo de Espanha, encobrindo as muitas diferenças que existem entre as duas realidades – do valor do salário mínimo às parcelas que entram no cálculo da indemnização (em Portugal é só o vencimento base mais diuturnidades e em Espanha contam todos os suplementos, da isenção de horário ao trabalho nocturno) – é, no mínimo, intelectualmente desonesto.

Mais vale dizer que queremos fazer concorrência à China, nivelando as condições laborais e salariais pelos mesmos padrões (que já nem hipocritamente criticamos…)!

Sinceramente, esperava mais.

5 comentários:

  1. Pois... os exemplos exteriores servem para ilustrar e justificar coerções e parece que ficam muito bem na fotografia. Todavia, quando se retruca com regalias exteriores, "eh lá, não vamos queimar etapes" como diz o humorista.

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  2. infelizmente os exemplos do exterior só servem para justificar quando é para fazer uma coisa má, nunca servem de termo de comparação para fazermos melhor.

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  3. É lamentável. É assim que nascem as desconfianças relativamente aos sindicatos e aos sindicalistas...

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  4. Há aquela ieia de um passo atrás, para dar dois em frente. Lembram-se? O problema é que há uns cavalheiros (e cavalheiras) que se enganam e sai "dois passos atrás, pode ser que nos deixem ir em frente". Ele há sindicalistas!

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  5. O mal está na influência que os partidos têm nos sindicatos. Controlam para que não haja oposição quando são Governo, e controlam para fazer oposição ao Governo.

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