Gustave Caillebotte
… especialmente se forem da área das ciências sociais
Vivemos tempos conturbados.
Defendemos ao mesmo tempo o micro e o macro: o indivíduo isolado em contraposição ao colectivo, mas ligado em rede ao mundo, (des)conhecendo milhares de pares nas redes sociais mas desconhecendo o seu vizinho (e o colega de trabalho é um concorrente); e a sociedade actuando à escala global, na fluidez dos mercados financeiros, em sistemas económicos mundiais.
Tudo é hiper, tudo é excesso.
A nossa hipermodernidade (como a definiu Gilles Lipovetsky), exacerbando e idolatrando o mercado, o indivíduo e os avanços técnico-científicos, já não tem tempo (nem paciência) para estudos sobre a sociedade – ou seja, o conjunto das pessoas, não o indivíduo. Menos ainda para o passado – tudo é presente, efémero, fluído, veloz…
O mercado comanda a vida, é a ideologia do momento. Mesmo quando a factura da crise financeira é uma recessão económica mundial.
As ciências sociais são desprezadas. As universidades estão em crise, as palavras de ordem são privatização, encerramento de centros de investigação, poupança.
Este é o tempo dos MBA. “Money, Money, Money…”
Não se trata de Portugal, apenas. Mas também de França, Espanha, Reino Unido, Argentina, Brasil…
Tantos os exemplos e as vozes de denúncia que já deram origem a um muito frequentado sítio na net, que pode ver aqui
Não podia concordar mais. As ciências sociais são cada vez mais abatidas e desprezadas.
ResponderEliminarClaro, numa sociedade (leia-se país) onde a Filosofia é uma área a abater do ensino... O que podemos nós esperar se nem mesmo nas disciplinas experimentais fazemos um esforço a sério? É claro que o pensamento, a luza, a descoberta (no sentido mais puro) têm de ficar para trás. Podem mesmo ser desejos perigosos.
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