Life: URSS, 1932
A firma contratada para fazer a limpeza na empresa onde trabalho foi comprada por outra.
Uma consequência é já visível: o mesmo trabalho é agora feito em menos meia hora e com menos duas funcionárias.
Ou seja, o contrato de prestação de serviços entre as duas empresas é o mesmo, o trabalho a realizar também, o preço idem. Diminuiu o número de trabalhadoras, aumentou o ritmo de trabalho.
Quem saiu a lucrar?
De certeza que não foram as pessoas que foram despedidas.
ResponderEliminarJá agora, o trabalho está mais bem feito, na mesma ou pior?
Essa é uma pergunta pertinente. Por enquanto - a mudança é muito recente - apenas se notam diferenças em pequenos pormenores, não fundamentais.
ResponderEliminarAs opiniões valem o que valem e a minha não será nem mais nem menos. Penso.
ResponderEliminarNo caso, afiguram-se-me poucos os elementos para se partir para um juízo de valor dessa natureza. Não poderia ponderar-se que antes eram demais? Que não faziam o que lhe competia? E houve despedimentos ou foram "deslocalizados"?
Pedro,
ResponderEliminarquantas vezes as empresas despedem sem que haja problemas e que funcione tude bem só porque a nova solução fica mais barata?
Provavelmente muitas. Porém, que tipo de gerente/empresário/patrão é esse? Alguém com essa visão não me parece que tenha grande futuro.
ResponderEliminarÉ-se bom quando não se despede e mau quando se despede? Humm... Muito simplista!
E porventura se adicionarmos a esta discussão o tema da multitarefa? multidisciplina? muitas vezes o problema é que se trabalha por tarefa, e nestes tempos isto já não se aplica, mas sim o trabalho por função onde se agregam diversas tarefas, para as quais é necessário adquirir competências. E depois a história de que a formação não é dada é uma 1/2 verdade... nem sempre há bons alunos. Enfim este tema é sem dúvida interessante para um debate bem profundo!
ResponderEliminarPedro, ninguém disse que o patrão era bom quando não despedia e mau quando despedia.
ResponderEliminarQuanto a mim o que me parece simplista é a visão que parece ter: o patrão é patrão por isso ele é que sabe.
I,
ResponderEliminarSimplista para lá simplista para cá. Também tal não disse. Aliás, nem sei qual a visão do patrão para além da óbvia (ou supostamente óbvia): mínimo de custo máximo de lucro.
O que disse e repito é que não se deverá partir para um pressuposto que não é dado no post. Escreveu-se que o trabalho é feito por menos duas pessoas. Tão só. Daí inferir-se o despedimento...
Depois, e ainda que tal tivesse acontecido mantenho o que perguntei: Antes seriam demais? E os que estavam fariam aquilo que como profissionais lhes competia?
A defesa do trabalhador enquanto parte mais fraca do contrato a dois deve de estar sempre presente e comungo disso. Porém, já não partilho da ideia de que, sem mais, a culpa está sempre do outro lado, ou seja, do lado empregador.