Uma história com final feliz passou ontem nas televisões (pelo menos em duas): uma senhora deu à luz em plena cozinha de um restaurante de centro comercial, auxiliada pela dona da loja em frente, uma “clínica” de estética.
As reportagens enfatizaram o caricato da situação – diria antes, o absurdo – e o desfecho feliz: mãe e bebé estão bem.
Da improvisada parteira aos colegas de trabalho da parturiente, os discursos alinharam todos os pormenores do nascimento e as reportagens acompanharam o tom emocionado dos intervenientes – e quem assistia certamente que, como eu, não pôde evitar um sorriso embevecido.
No entanto, gostaria de ter obtido respostas para algumas perguntas que não vi colocadas mas julgo fazerem todo o sentido para a compreensão cabal da “história”:
- Por que razão aquela mulher esteve a trabalhar até ao momento exacto do início do parto?
- Que relação contratual tem e de que forma esse factor influenciou – ou não – o desenrolar da situação?
- Se o final não tivesse sido feliz, a quem assacar responsabilidades?
Um país com uma das mais baixas taxas de natalidade da União Europeia não pode correr o risco de ver os seus (poucos) bebés irem na água do banho.
As reportagens enfatizaram o caricato da situação – diria antes, o absurdo – e o desfecho feliz: mãe e bebé estão bem.
Da improvisada parteira aos colegas de trabalho da parturiente, os discursos alinharam todos os pormenores do nascimento e as reportagens acompanharam o tom emocionado dos intervenientes – e quem assistia certamente que, como eu, não pôde evitar um sorriso embevecido.
No entanto, gostaria de ter obtido respostas para algumas perguntas que não vi colocadas mas julgo fazerem todo o sentido para a compreensão cabal da “história”:
- Por que razão aquela mulher esteve a trabalhar até ao momento exacto do início do parto?
- Que relação contratual tem e de que forma esse factor influenciou – ou não – o desenrolar da situação?
- Se o final não tivesse sido feliz, a quem assacar responsabilidades?
Um país com uma das mais baixas taxas de natalidade da União Europeia não pode correr o risco de ver os seus (poucos) bebés irem na água do banho.
Para mim a questão com mais relevância é mesmo a última, quem é que teria responsabilidade? No entanto esta questão leva à primeira questão aqui colocada...
ResponderEliminarNem mais. Um país com uma das mais taxas de natalidade não protege a natalidade, nem no centro comercial nem em lugar nenhum. Basta atentar nas notícias sobre grávidas nas empresas. Para além do desplante de terem filhos é o futuro absentismo. Imperdoável.
ResponderEliminarPeço desculpa pelo abuso, mas o livro "três lições sobre o estado-providência" é interessante e de alguma forma aborda esta situação da natalidade(declaração de interesse sobre o livro: apenas e só mero leitor)
Gosto muito deste blog!
ResponderEliminarEm relação a este post não poderia concordar mais com o ponto de vista aqui expresso.