
... e que o ano novo permita esquecer todas as malfeitorias deste.
Que 2011 traga mais sorte a todos os trabalhadores, independentemente da sua situação perante o trabalho.
Votos de solidariedade aos homens e mulheres de boa vontade!



Walker Evans, Truck and Sign, (EUA, 1930)
A Turma (Entre les Murs), de Laurent Cantet
Biblioteca municipal no miradouro de Santa Luzia (1949)
A leitura, Henri Fantin-Latour



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Trade union membership and density, 1990–2007 | |||||
1990 | 1995 | 2000 | 2005 | 2007 | |
Trade union membership (in thousands) | 1,200 | 960 | 940 | 920 | 900 |
Trade union density (%) | 38 | 30 | 25 | 24 | 24 |
Salaried workers (in thousands) | 3,169(1991) | 3,794 (2001) | |||

No próximo sábado, na rua ou comodamente em casa, uma parte do País (e do mundo) comemora o 1º de Maio, Dia do Trabalhador.
Vale a pena recordar que neste dia comemora-se a manifestação de trabalhadores de Chicago, que em 1886 reivindicavam a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias. Como sabemos, a luta então iniciada terminou com uma carga policial, dezenas de mortos e de feridos.
Em 1889, a Internacional Socialista decidiu convocar anualmente uma manifestação para o dia 1 de Maio, com o objectivo de conquistar as 8 horas diárias de trabalho.
Em 1890, o Congresso dos EUA aprova a redução da jornada de trabalho de 16 para 8 horas diárias.
Na Europa, em 1891, no norte de França, a manifestação do 1º de Maio é dispersada pela polícia – com a correspondente dezena de mortes.
Só em 1919, a 23 de Abril, o Senado francês ratifica a jornada laboral de 8 horas diárias. E o 1º de Maio é proclamado feriado.
É também em 1919 que em Portugal é consagrada na lei a jornada de 8 horas – mas apenas para os trabalhadores do comércio e da indústria. Os assalariados agrícolas continuarão a trabalhar de sol a sol.
E só a partir de 1974 o 1º de Maio pode ser festejado.
Eis-nos chegados a 2010. O Código do Trabalho estipula que o horário de trabalho em Portugal não pode ultrapassar as 8 horas diárias e as 40 horas semanais.
Mas, graças às nuances legais criadas – do regime de adaptabilidade ao banco de horas – a jornada diária pode atingir as 10 horas e a semana prolongar-se até às 50 horas.
Mesmo assim, eufemismos. Quanto de nós não são diariamente pressionados para trabalhar 10, 12, 14 horas? Sem outra compensação que não seja a tentativa desesperada de preservar o posto de trabalho…
Cento e vinte anos depois, vamos comemorar o quê? O regresso à jornada de trabalho de sol a sol? Sem protestos e com o beneplácito de (quase) todos.
Sinal dos tempos?




Conceito de intervenção sindical
Conceito | Dimensão | Indicadores |
intervenção sindical | negociação colectiva | aumentos salariais |
carreira profissional | ||
horários de trabalho | ||
condições de trabalho | ||
benefícios sociais |
É através da negociação colectiva que os sindicatos tentam obter benefícios sociais, materiais e de satisfação profissional para os seus associados.
Conceito Dimensão Indicadores intervenção sindical Ideologia partilha de valores sentimento de pertença a uma comunidade de classe sentimento de oposição a outra classe partilha de um ideário de reivindicação e luta
A percepção de pertença ao grupo, através da partilha de valores e interesses reforça a sua coesão e participação.
Conceito Dimensão Indicadores intervenção sindical prestação de serviços lazer cultura desporto apoio jurídico saúde formação profissional
O alargamento do papel dos sindicatos à prestação de serviços é assumido como uma forma de captar e fidelizar associados, uma vez que os direitos e regalias conquistados na negociação colectiva são extensivos também aos não sindicalizados.
Conceito Dimensão Indicadores intervenção sindical forma de posicionamento cooperação e parceria conflito e luta fiscalização e denúncia
Cada sindicato opta pela forma de posicionamento face aos empregadores que considera mais eficaz para alcançar aos seus objectivos e revindicações. No entanto, as formas de posicionamento não são mutuamente exclusivas, ou seja, um sindicato pode alterar a sua actuação consoante o momento e o objectivo. A forma habitual de posicionamento está também relacionada com a percepção da representação desejada pelos associados e da capacidade de mobilização da classe.